28.12.06

cizânia.


Manhã cravada
velho arrufo.
Dor antiga de costume.
Conheço,

já não conheço.

Hoje é braveza
amanhã fastio
amanhã enjoo
hoje é aprumo.

Sou eu, sou cioso.
Hoje miro
hoje sopro
ontem matei.

Hoje mato o que me dizem
palavra flor
palavra aroma
som egrégio.

Mas amanhã não me conheço.
amanhã é dia aceso de manhã
luz nos olhos
calor do corpo.

Conheço-te,
já não conheço.
já não exoro.

Já faz sentido.

27.12.06

Fedra.



“atormentas a noite - morte em que viajo
dás as flores do sono a envolver-me
no corpo dengoso inscreve a boca
de fragmentos fortes e de corpos fartos

cintilaste na manhã e nela prostras
a carne que é de luz e fuzila as palavras
estás-me nesta carne e nesta plumagem - língua
só por sentir no redor o meu bálsamo assassínio.”


A realidade é que ao desejar incondicionalmente um ser ou um objecto cria-se um vidrado criminoso difícil de polir. É certo que são antípodas num plano abstracto, mas está presente em nós e Donizetti já compunha e encantava melodias da questão amor vs morte.

Locus horrendus ou realidade? Poesia e vida, creio.

Muito antes de Donizetti, Eurípedes conta a estória, ou mito, da vida de Fedra, rainha de Atenas e mulher de Teseu que se apaixona no acto desesperante pelo seu enteado Hipólito.

O amor proibido de Fedra revolta-a e fá-la a todo o custo enegrecer a imagem do enteado.

A paixão quando revelada, faz rebentar uma série de acontecimentos trágicos que culminam na morte de Hipólito e no suicídio da rainha.


A perder? Não me parece...

Em cena no Maria Matos de 11.01.07 a 18.02.07.

Autoria de Jean Racine com tradução de Vasco Graça Moura e encenação de Ana Tamen.
Interpretação: Adelina Oliveira, Alexandre Sousa, Beatriz Batarda, Cândido Ferreira, Cristina Bizarro, Kjersti Kaasa, Pedro Carmo e Sara Carinhas.

PARABÉNS PRA XUXU!


Xuxu beleza,

muitos parabéns a uma das mulheres mais debochantes que passaram por mim e que hoje faz ----- anos LOL. Vivemos juntos e rimos juntos, e isso têm-me dado um enorme prazer (Tiago e Hugo também vêm no pacote :P)
Das passas de cigarros, chás fora de horas, clips medungas de "... from the rockkk" (en français) até à Bertulina... tudo é xuxu. Já para não falar da sua voz maravilhosa e das nossas versões populares de músicas quase populares, lol, excepto a Lhasa, que já nos dá mais trabalho e obriga a algumas horas de estúdio.


(...) Por isso, vamos ser mais do que amantes, de hoje em diante...


Ah! Adorei o presente de Natal. Pena não teres encontrado o Big Ben por trás da Nossa Senhora de Fátima.


à Rita Caranova, beijos. =)

tsidadudá bada bada badséu (3x)... dáhumdá dáhumdá...


Eu quis amar mas tive medo

E quis salvar meu coração

Mas o amor sabe um segredo:

O medo pode matar o teu coração


Água de beber, água de beber camará (2x)

Le pique-nique.


(...)
A palavra piquenique tem origem no francês pique-nique. Na França do século XVII, o pique-nique era uma refeição na qual cada um levava sua parte. Dois séculos mais tarde, os franceses absorveram do picnic inglês o sentido moderno da palavra. Passeios ao ar livre nos quais as pessoas levam alimentos para serem desfrutados por todos. Na França, existe o verbo pique-niquer, que seria algo como piquenicar.


Fonte: Wikipédia


Pois bem, os encontros davam-se no rift, agora são na toalha estendida no chão e ao ar livre.


São todos bem vindos! Bom proveito!