28.12.06

cizânia.


Manhã cravada
velho arrufo.
Dor antiga de costume.
Conheço,

já não conheço.

Hoje é braveza
amanhã fastio
amanhã enjoo
hoje é aprumo.

Sou eu, sou cioso.
Hoje miro
hoje sopro
ontem matei.

Hoje mato o que me dizem
palavra flor
palavra aroma
som egrégio.

Mas amanhã não me conheço.
amanhã é dia aceso de manhã
luz nos olhos
calor do corpo.

Conheço-te,
já não conheço.
já não exoro.

Já faz sentido.

2 comentários:

Anónimo disse...

Também tenho essas manhãs. Parece que tudo gira ao contrário, até nós. Muito boa sensibilidade. Muito bom. Agora é esperar pela manhã seguinte ehehe :)

abraço

piquenique disse...

eheh. sim. esperamos sempre não é? pela manhã seguinte.

obrigado.

abraço