2.1.07

dois mil e sete.


Quero perder-me no deserto e molhar os cabelos na areia enquanto só, revejo as palavras que ficaram soltas.

Quero a viagem para encontrar a barbárie de não ter sido o que devia, em cada crepitação do vento.

Dormir sobre imagens coladas que amarroto ao fazer cama com o corpo.

Pulsar na pele as recordações na terra. Mirar-lhes os rebentos e chamar animais para dormirem comigo.

Disseminar-me com eles por acidente e em toda a parte. Sentir na cara a luz fértil do sono, mesmo de olhos fechados.

Sonhar em desenhar os traços que preciso. Escolher cores. A textura de quem desejo.

Amanhã

Quero ser franco nos movimentos.

Sereno nas palavras que dedico.

Efusivo em cada pedaço dividido.

2 comentários:

Anónimo disse...

Belo, José.

Viajei.

*

P.

piquenique disse...

crú!

também viajo, sempre.

*