Gosto de recordar quando fui sujeito noutro corpo, e que das flores só tenho a cor das mãos.Revezei-me em tecidos ornados, dos cabelos franzinos e olhos miúdos. Espeto hoje da pele os olhos num ímpeto grosso numa cara fixa.
Toco cinco dedos pesados sobre a mesa, num gesto oxidante.
Da boca, rasgo uma língua de sons furtivos, densos de instrumentar.Preparo um segundo nascimento, por dentro do meu líquido.
Ah! E que bom é ouvir-te!
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